HANDEBOL TAUBATÉ INTENSIFICA PREPARAÇÃO FÍSICA SOB COMANDO DE LUIZ MANFREDINI

Equipe taubateana em treinamento físico- foto divulgação.

Em uma modalidade onde o condicionamento é primordial dentro de quadra, o alto volume de contato oferece risco de lesões, e a maratona de jogos exige muito dos jogadores, o papel do preparador físico ganha muita importância neste período de pré-temporada.

No Taubaté, a missão de cuidar do condicionamento do grupo é de Luiz Manfredini. Batemos um papo com o preparador físico da equipe, que explicou como é feito o trabalho físico dos atletas, levando em conta o calendário extenso, as individualidades de cada um, e o foco nas competições mais importantes do ano.

Como é feita essa avaliação inicial do elenco nessa reapresentação após as férias?Luiz Manfredini – O primeiro passo foi um teste de peso e percentual de gordura que realizamos com todos os jogadores, dessa forma podemos saber a condição de cada um no pós-férias. Realizamos um exame de sangue que fornece um marcador bioquímico de fadiga. Esse exame será repetido algumas vezes ao longo do ano, e com essas comparações, temos um controle da situação de cada um dos atletas em relação ao preparo físico e a resposta de cada um aos treinos e jogos.

Você terá cerca de um mês para trabalhar a preparação física antes da estreia no Super Paulistão, que deverá ser em meados de março. É tempo suficiente para realizar o trabalho?L.M. – O foco dessas duas primeiras semanas de pré-temporada, já que deveremos trabalhar exclusivamente condicionamento até o dia 24 de fevereiro, é equalizar o grupo da melhor maneira possível. Para essa temporada, seguimos com um ponto muito positivo a nosso favor: o grupo é grande e com muitos jogadores de qualidade. Isso também na parte física, pois até agora, atestamos que a maioria está em boas condições. Há os casos de atletas que passaram por cirurgias recentemente, e eles terão um tratamento especial. O tempo é curto, mas ao longo de março, e até em abril, vamos dando os retoques finais na parte física.

A meta é que o grupo esteja em sua melhor condição física quando?L.M. – Nosso calendário é complicado pois começamos o ano sem saber as datas exatas das competições. Temos data prevista para o Super Globe (Mundial de Clubes), mas ainda temos que vencer o Pan (Americano de Clubes) para ficar com a vaga. Temos um grupo de 21 atletas adultos, mais os jogadores do juvenil, que compõem os treinos e jogos quando necessário. Nesse primeiro momento, nosso foco é estar no pico da forma física no Campeonato Pan Americano, previsto para maio. A preparação é visando esse torneio, então esse começo do Super Paulistão serve até como teste. Nos Jogos Regionais, em junho, deveremos mesclar o grupo adulto com o juvenil, como foi feito em 2016, e deu ótimo resultado, podendo assim dar a chance dos reservas de ganharem mais ritmo de jogo. No segundo semestre temos a Liga Nacional, mas é preciso aguardar a tabela para podemos nos planejar de acordo com os adversários e com a agenda. O segundo semestre é mais complicado, pois temos as finais do Super Paulistão, a Liga e, em caso de classificação, o Super Globe. Mas o grupo é de alto nível, e os jogadores respondem bem a essa exigência física tão grade.

Você está propondo um método de preparação diferente este ano, não é?L.M. – Nesta temporada, mudamos um pouco o foco nessa preparação de começo de ano. Antes dávamos muito treino aeróbico na pista de atletismo. Este ano vamos fazer treinos físicos em quadra, incluindo atividades com bola já nesses primeiros dias. Na musculação, o enfoque é em fortalecimento, de forma a prevenir lesões. O importante é a preparação e recuperação física andarem juntas com o trabalho dos fisioterapeutas e com a parte técnica. Esses três pilares, se bem estruturados, resultam numa equipe vencedora. E nós queremos sempre seguir trabalhando nesse caminho.

Entrevistaconcedida à

Ronaldo CasarinAssessor de Imprensa